quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Mais uma avaliação, por Beth Brandão

Aí está a entrevista de avaliação da Beth, feita pela Rosa Mirah.

Acho que você não sabe, mas estive ausente do país por quase 3 meses, depois que saí do IESB. Portanto, estive à frente do seminário durante o período inicial - quando participamos e ganhamos a verba do edital do CNPq, em 2007, que nos permitiu fazer o evento - e, agora, no final. Os professores que podem fazer uma avaliação mais acurada da organização do evento são Fernando Paulino e Fernanda Severo que, comigo, formam a equipe responsável junto ao CNPq pela organização do evento. Estou enviando este e-mail para eles.

De minha parte, considero que o evento foi uma oportunidade única e rara de reunir pesquisadores da área de comunicação pública de 3 continentes, acontecimento que só se torna possível quando temos o suporte das instituições governamentais que financiam a pesquisa científica, como, no caso, o CNpq. Devemos também ressaltar a atenção e o cuidade que o IESB dispensou ao evento, oferecendo a alimentação, transporte e toda a infra-estrutura necessária para a realização dos debates nos dois dias. Tenho especial carinho pelo trabalho dos alunos que, sob a coordenação da professora Rachel Mello, realizaram um trabalho fantástico de divulgação e cobertura jornalística. Aproveito a oportunidade para enviar efusivos agradecimentos e minha admiração pelo trabalho que realizaram. Já citamos e agradecemos a equipe no decorrer do evento, mas faço questão de reforçar neste e-mail. A dedicação de alunos e funcionários do IESB para que ´tudo saísse da melhor maneira possível foi uma das mais importantes razões do sucesso do LUSOCOMUM.

Uma de nossas preocupações foi oportunizar aos nossos irmãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a interação com as instituições que praticam comunicação pública no Brasil, já que esta é uma área em que o Brasil está, inegavelmente, na vanguarda, tanto na CLPC, como entre os países do MERCOSUL. Por isso, tivemos o cuidado de elaborar um programa de visitação e debates dos professores estrangeiros com equipes de Comunicação da Câmara, Empresa Brasileira de Comunicação, Secretaria de Comunicação da Presidência da República e Universidade de Brasília e que, segundo nossos irmãos da Língua Portuguesa, foi uma experiência muito rica. Nossos convidados ressaltaram a distância entre a prática da comunicação pública nos países africanos e Portugal, e o Brasil, entre outras razões, pela magnitude das equipes e tecnologias utilizadas. Creio que esta é uma responsabilidade que o Brasil tem hoje: propor novos paradigmas de Comunicação Pública, baseados não só no desenvolvimento teórico que já alcançamos, mas, sobretudo, na prática riquíssima que o País desenvolveu nas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário. Estou convicta que a experiência brasileira no campo da Comunicação Pública é exemplar e que podemos contribuir significativamente para o desenvolvimento de uma concepção nova de comunicação cidadã.

Sem dúvida, uma nova edição do LUSOCOMUM seria ótimo, mas não podemos esquecer que encontros internacionais são complexos e exigem grandes esforços para acontecer. Porém, creio que outras formas de encontros e discussões na área de comunicação pública podem e devem ser desenvolvidos, com um formato mais dinâmico que possa aproximar a universidade do mercado de trabalho o que poderia promover novas práticas acadêmicas e oportunizar futuros campos de trabalho para os alunos. Agradeço sua atenção e o cuidado com o LUSOCOMUM e desejo, de coração, que vocês estudantes continuem realizando seus sonhos.

Um abraço
Elizabeth Pazito Brandão
Beth Brandão Consultoria em Comunicação

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